sexta-feira, 12 de janeiro de 2007

Inverno muito quente poderá ter conseqüências desastrosas

Alemanha | 11.01.2007

Europeus almoçam ao ar livre em pleno janeiro

As temperaturas do inverno do Hemisfério Norte deste ano estão batendo recordes. Segundo estudo da Comissão Européia, este inverno primaveril poderá ter conseqüências desastrosas para a fauna e a flora do continente.

Em sua edição desta quinta-feira (11/01), o jornal Kölner Stadt-Anzeiger anuncia a temperatura recorde de 16,4 graus Celsius no Estado da Renânia do Norte-Vestfália, medidos na cidade de Bonn nesta terça-feira. Com temperaturas "10 graus acima do normal", este entreato primaveril ainda não tem previsão para acabar, afirma o diário.

As temperaturas estão altas também nos países vizinhos. Na terça-feira, os termômetros indicaram, na cidade francesa de Nimes, no sul da França, 21,1 graus Celsius na sombra. A temperatura mais alta dos últimos 50 anos, segundo o jornal.

Os Estados Unidos também apresentam recordes de temperatura. O ano passado foi o mais quente dos norte-americanos desde que a temperatura começou a ser medida, no final do século 19. Como anunciou a Administração Atmosférica e Oceânica Nacional(NOAA), o ano teria sido 1,2 grau mais quente que a média entre 1901 e 2000.


Conseqüências desastrosas

Em Frankfurt, temperaturas em torno de 14 graus fazem florir plantas da primavera

Segundo estudo da Comissão Européia, este inverno primaveril poderá ter, no entanto, sérias conseqüências para a fauna, a flora e para os habitantes da região. O estudo pertencente ao pacote estratégico da UE para política energética e climática, divulgado nesta quarta-feira (10/01), prevê catástrofes provocadas pela seca no sul e ricas colheitas no norte do continente.

Caso a temperatura global média aumente 2,2 graus ou até mesmo 3 graus até 2071, na comparação com 1990, o número de pessoas que morrem em conseqüência das mudanças climáticas na Europa aumentará em 36 mil ou, no segundo caso, em até 86 mil por ano.

O turismo na região do Mediterrâneo estaria entre os mais atingidos pelo aquecimento global, que, se continuar, levará os 100 milhões de norte-europeus a deslocarem seus destinos de viagem para o Mar do Norte, prejudicando o turismo nas costas de Portugal, da Espanha, da Grécia e da Itália, explica o estudo.


A malária pode voltar ao continente europeu

Com olhos irritados e nariz escorrendo, alérgicos já sofrem com o despertar prematuro da natureza, o que provoca a dispersão antecipada de polens. "No calendário, estamos no início de janeiro, mas a natureza está, pelo menos, três ou quatro semanas à frente", afirma Thomas Fuchs, alergologista da Universidade de Göttingen.

Thomas Löcher, especialista em Medicina Tropical de Munique, explica também que este aquecimento provocaria uma maior longevidade em insetos responsáveis pela transmissão de doenças virais. Espera-se, assim, um aumento massivo nos casos de doenças como a meningite, transmitida pelo carrapato, e especula-se até que a malária possa voltar à Europa Central.


Ursos não conseguem hibernar

Ursos não conseguem dormir na SuéciaAs temperaturas estão também muito altas para os ursos de um zoológico sueco. Eles retardaram seu sono de inverno em dois meses, tão confusos que estavam com temperaturas dez graus acima do normal neste inverno.

Normalmente, a hibernação dos 50 ursos que vivem em cativeiro e dos 2,5 mil ursos selvagens da Suécia acontece entre outubro e abril.

A única notícia positiva disto tudo é a queda do preço do petróleo. Nesta terça-feira, ele atingiu seu valor mais baixo dos últimos 18 meses principalmente devido às temperaturas amenas, sobretudo no nordeste dos Estados Unidos, que provocaram a diminuição da demanda por óleo de aquecimento.


retirado do site DW-World.de - Deutsche Welle

segunda-feira, 8 de janeiro de 2007

Evolução do turismo Naturista em Portugal

Quando Brasil e seus empresários irão acordar e perceber o grande potencial que existe no turismo naturista?

Campanha Naturia - Experimente o Naturismo

quarta-feira, 3 de janeiro de 2007

Englisher Garten - Munique - Alemanha

Perguntas e respostas

1 | Há diferença entre o nudismo e o naturismo?
Sim. O nudismo é somente o fato de estar sem roupa. O Naturismo é uma maneira de viver em harmonia com a natureza, caracterizada pela prática da nudez em grupo, que tem como objetivo favorecer o respeito por si mesmo, pelos outros e o cuidado com o meio ambiente.

2 | Qual é o papel da FBrN?
A FBrN - Federação Brasileira de Naturismo - agrupa associações, clubes e colônias de férias naturistas. Ela tem por objetivo organizar, desenvolver e controlar as atividades naturistas no Brasil.

3 | Para quê servem os clubes e associações naturistas?
Os clubes e associações naturistas são grupos sem fins lucrativos, que oferecem aos seus associados atividades de repouso e lazer que podem ser praticados em estado de nudez. As colônias de férias e resorts são empreendimentos comerciais, equipados para receber veranistas naturistas. Esses clubes e associações são aprovados pela FBrN e permitem o ingresso aos detentores do passaporte naturista do ano em curso. Os clubes e associações estão distribuídos em todo o Brasil, principalmente no litoral.

4 | O que é o Passaporte Naturista?
Durante todo o ano, o Passaporte Naturista lhe permite o ingresso nos clubes e praias afiliados a FBrN e a INF. Ele é a sua identificação em qualquer área naturista OFICIAL do mundo. A solicitação de um passaporte constitui um gesto de apoio daquele que deseja integrar o naturismo
no seu estilo de vida. O passaporte é dado pelos clubes e associações, e carrega o selo da INF. - International Naturist Federation - fornecido pela FBrN, tornando-o válido em todo o mundo.

5 | Quais são as regras em uma entidade naturista?
Cada entidade possui suas normas. Mas todas elas são baseadas no Código de Ética Naturista. São sempre baseadas no respeito ao indivíduo, à comunidade, à natureza, ao meio ambiente e à família.

6 | A nudez é sempre obrigatória?
Na maioria das vezes sim. Em certos momentos porém, como no evento da menstruação,
as mulheres poderão manter o topless. Obviamente o naturismo reconhece a utilidade
da roupa quando for o caso de proteger-se do frio.

7 | O que fazer para perder o receio/medo de tirar a roupa?
A primeira coisa a fazer é perguntar o que realmente você deseja, se está disposto a aceitar este desafio. Em seguida, procure ajuda em grupos de discussão a fim de se comunicar com pessoas que também curtam esta filosofia de vida, participando nos debates e nos encontros promovidos por estas organizações. Você se sentirá mais seguro em grupo, e descobrirá a liberdade que uma praia ou clube naturista proporciona em relação às áreas tradicionais.

Uma forma incorreta e perigosa que alguns utilizam para perder este medo é através da troca de fotos ou imagens por webcam com indivíduos desconhecidos na internet, que se intitulam "naturistas". Na nossa filosofia, não cultuamos a imagem do nu, mas sim, o nudismo como forma de igualdade social.

8 | O que sentimos na primeira vez?
Uma grande surpresa ao perceber que nossa nudez não choca a ninguém e nem é alvo
de qualquer atenção especial. Sente-se um grande prazer e uma profunda paz, uma integração com todos que estão compartilhando aquele momento. Percebemos que a nudez natural tem outra dimensão que vai muito além do erótico. Descobrimos o nosso corpo de uma forma diferente, sem vícios, sem padrões e sem preconceitos. Aceitamos e somos aceitos de uma forma natural, baseado nos valores espirituais de cada um.

9 | E se, em algum momento, eu tiver uma ereção?
A maioria dos homens tem ereções, isto é natural que ocorra em vários casos,
e previsível, principalmente entre os mais jovens, pelo estímulo de uma nova experiência. Entretanto, este problema ocorre comm menos freqüencia do que você pensa. Convívio em áreas naturistas são nada sexuais para a maioria dos participantes. Como em qualquer encontro social, as boas maneiras devem ser aplicadas.

Se você ficar excitado numa praia naturista ou em qualquer encontro naturista, você e o seu grupo são os melhores juízes para definir sobre a necessidade de colocar a roupa ou tomar outra atitude. Naturistas geralmente são tolerantes com iniciantes, para que eles não se sintam sem graça. Você também deve usar seu bom senso para evitar que eles se sintam desconfortáveis com a situação. Se necessário, tome um banho de mar, uma ducha fria, sente-se, cubra-se discretamente com uma toalha ou canga ou mude de pensamento por algum tempo. Em qualquer situação, tenha bom senso e procure relaxar.

10 | E se eu estiver menstruada?
Novamente, isto é natural que ocorra, e isto é uma das realidades do corpo com a qual as mulheres devem conviver. Se você estiver confortável em usá-lo, um absorvente interno é o método mais simples de resolver estes períodos do mês. Se for necessário um absorvente normal, então você deve usar um short ou a parte de baixo de um biquini.

Na maioria dos casos, a mulher deve usar o que se sente mais a vontade. Os demais
naturistas não reclamarão se isto for feito de forma natural e apenas nos períodos.

11 | E quanto aos pêlos pubianos?
Esta é uma questão que sempre aparece nos grupos naturistas. Existem pessoas que
preferem mantê-los ao natural, sem aparar nada. Outros preferem apará-los levemente.
E, finalmente, existem aqueles que gostam de retirar tudo. Esta questão é apenas estética e faz parte da sua aparência, como corte de cabelo, e nos homens, barba e bigode. Faça o que você se sentir mais a vontade, pois nenhum naturista irá ficar reparando se os seus pêlos estão grandes ou se você se depilou completamente.

12 | Posso ficar/namorar num ambiente naturista?
Naturistas também gostam de namorar. Namoro é saudável e natural! No entanto alguns cuidados devem ser tomados quando estamos nus em um grupo. Como em qualquer grupo, podemos nos interessar por alguém. No entanto, devemos agir sempre com respeito e, principalmente saber de antemão se a pessoa é comprometida e se está afim de encontrar alguém no meio naturista. Abordar um(a) naturista insistentemente, sem que esta pessoa lhe retribua o interesse pode render uma denúncia de assédio sexual, com penalidades que vão desde a expulsão da área naturista, uma ocorrência policial ou até a perda do Passaporte Naturista e o consequente impedimento de entrada em qualquer área naturista.

Outro aspecto importante é ser moderado ao namorar em um ambiente naturista. Áreas naturistas são redutos familiares. "Carinhos" exagerados podem incomodar os demais presentes, além do risco de causar uma ereção, constrangendo o casal e os demais naturistas à sua volta. Aproveite a liberdade e o contato com a natureza com serenidade.

13 | Me convidaram para uma troca de casais com o nome de "festa naturista", existe isto?
Com certeza não! Naturismo é uma prática familiar, em convívio com a natureza. Alguns praticantes de hedonismo e swing se auto-intitulam "naturistas", com o único objetivo de atrair casais para festas privadas, de caráter erótico. Por este motivo, também não existe "naturismo doméstico", praticado em casa.

14 | E se alguém fizer uma proposta deste tipo?
A primeira atitude é denunciar! Contate imediatamente a administração do local ou grupo onde isto ocorreu, e informe o ocorrido, exigindo as providências. Caso a administração local não tome as providências que você esperava, ou caso a mesma esteja envolvida com a situação, faça uma denúncia para o Conselho de Ética da FBrN, pelo email etica@fbrn.com.br. Na maioria das vezes, o problema é resolvido imediatamente pela administração local.

15 | É verdade que homens solteiros não entram em áreas naturistas?
Não. Homens solteiros podem frequentar as áreas naturistas de diversas formas. Infelizmente, a atitude desrespeitosa de boa parte dos solteiros, que não são naturistas e tentam frequentar estes locais com a única finalidade de observar, forçou a maioria dos clubes e associações a criarem áreas específicas para eles. Entretanto, como o naturismo é uma atividade social, a maioria dos verdadeiros interessados no naturismo se integra a comunidades como o NatSul, onde pode frequentar todas as áreas acompanhado de seu grupo, junto às famílias e casais. Caso ele se associe à algum grupo filiado à FBrN, pode requerer o Passaporte Naturista, conforme o ítem 4 desta seção.

16 | Crianças podem freqüentar?
Claro! As crianças são naturistas natas! Normalmente, ao verem que os pais aceitam a nudez naturalmente, ficam mais à vontade do que qualquer outro iniciante. Crianças que frequentam ambientes naturistas desde pequenas, normalmente desenvolvem uma sexualidade muito mais sadia do que a média. A aceitação das mudanças de seus corpos na adolescência se dá naturalmente, sem traumas. Entretanto, é vital o acompanhamento dos pais e a correta orientação, principalmente na fase de adolescência, quando a sexualidade está mais ativa.

17 | Como agir quando estiver conversando com os outros?
É um pouco difícil para os novatos saberem para onde olhar. Para um naturista, não há diferença em estar nu. Para um iniciante, é natural a curiosidade em olhar para genitais e seios, principalmente para fins de comparação com o próprio corpo. Seja discreto. Tente conversar com as pessoas descontraidamente. Com o tempo, você se acostumará e conversará olhando nos olhos da pessoa, que é a melhor demonstração de interesse nas suas idéias.

18 | Posso encontrar mais sites naturistas na Internet?
Sim. Existem vários sites naturistas na Internet! No entanto recomendamos cuidado, pois existem muitos sites que se denominam "naturistas", mas na verdade são uma porta de entrada para distribuição de pornografia e prática de pedofilia. A Internet é um ambiente sem grande fiscalização até agora. Existem países que não proíbem nenhum conteúdo em seus domínios. Todos os sites sérios devem ter ao menos links para a associação naturista de seu país, ou da Federação Internacional de Naturismo.
Desconfie de sites que fornecem galerias de fotos ou contatos com outros naturistas através de um cadastro ou pagamento de taxa. Se você quer ver pessoas nuas em um ambiente naturista, SEJA UMA DELAS e participe de encontros.

terça-feira, 2 de janeiro de 2007

Tráfico de animais: Denuncie

1 | Qual a diferença entre animal silvestre, animal exótico e animal doméstico?
I - Animal silvestre - É todo aquele pertencente às espécies nativas, migratórias e quaisquer outras, aquáticas ou terrestres, que tenha a sua vida ou parte dela ocorrendo naturalmente dentro dos limites do território brasileiro e em suas águas jurisdicionais. II - Animal exótico – É todo aquele cuja distribuição geográfica não inclui o território brasileiro. As espécies ou subespécies introduzidas pelo homem, inclusive domésticas que se tornaram selvagens, também são consideradas exóticas. Outras espécies exóticas são aquelas que tenham sido introduzidas fora das fronteiras brasileiras e em suas águas jurisdicionais e que entraram em território brasileiro. III - Animal doméstico – Todo aquele que por meio de processos tradicionais e sistematizados de manejo e melhoramento zootécnico tornou-se doméstico, tendo características biológicas e comportamentais em estreita dependência do homem, podendo inclusive apresentar aparência variável, diferente da espécie silvestre que o originou.

2 | Manter um animal silvestre em cativeiro é crime?
Depende da origem do animal. Se for de origem legal, proveniente de criadouro comercial ou de comerciante devidamente registrado no Ibama, ou se a pessoa recebeu o animal em caráter de guarda ou depósito pelo Ibama, Policia Florestal ou por determinação judicial, não é crime. Podemos considerar crime se a origem legal do animal não puder ser provada. De qualquer forma, mesmo não sendo comprado de traficante, a manutenção desse animal seria, em outras palavras, conivência com o crime ou com a retirada aleatória de animais da natureza.

3 | Eu posso legalizar um animal silvestre?
Legalizar é uma palavra complicada, significa tornar legal aquilo que não é. O problema é que, para legalizar um animal, há de se legalizar todos e só uma nova lei teria poder para isso. Quem poderia legalizar seria o Ibama, mas demandaria recursos financeiros e humanos. Pessoas que possuíam, por exemplo, um papagaio antes de entrar em vigor a Lei de Proteção à Fauna (Lei nº 5.197/67), e cuja manutenção possa ser provada documentalmente, poderiam ter direito à guarda. Esses casos são passíveis de análise.

4 | Como possuir um animal silvestre legalmente?
É necessário adquirir o animal de origem legal, ou seja, proveniente de criadouros comerciais devidamente legalizados que estejam documentados com nota fiscal expedida pelo comerciante ou criadouro e constando o número de registro junto ao Ibama, com a determinação da espécie (nome vulgar e científico) e identificação individual do espécime comercializado (anilhas ou microchips).

5 | O que fazer quando encontrar alguém vendendo um animal silvestre?
Primeiro, não comprar. Em seguida, denunciar às autoridades. Se for na feira livre ou depósito de tráfico, denunciar e fornecer o maior número possível de informações, como local, data, hora, circunstância etc. Se for na beira da estrada, não comprar e repreender o vendedor dizendo que isso é ilegal e que se ele for flagrado pode, além de perder o animal, sofrer as sanções legais.

6 | Qual o risco de manter um animal silvestre em cativeiro?
Todo animal, independentemente de ser silvestre ou doméstico, pode ser portador de doenças transmissíveis ao homem, como salmonelose, ornitose, toxoplasmose, entre outras. O ideal é que um veterinário possa esclarecer sobre essas doenças, incluindo sua via de transmissão e contágio.

7 | Quais os animais da nossa fauna que podem ser vendidos legalmente? Existe algum tipo de restrição caso o animal esteja ameaçado de extinção?
Teoricamente, todos os animais de uso freqüente como produtores de bens de consumo (carne, couro, pele, plumas, etc.) ou como ornamento, adorno ou mascote, poderiam ser vendidos legalmente, desde que autorizado pelo órgão supervisor, nesse caso o Ibama. Como seria essa autorização? Por meio de sua origem legal comprovada, ou seja, de criadouros comerciais devidamente regulamentados e registrados. Exemplos: papagaios, araras, canários-da-terra, bicudos, curiós, jandaias, jabutis, emas, capivaras, catetos, queixadas, veados, tartarugas, jacarés, borboletas e outros. Existem animais, porém que estão em estado crítico na natureza e relacionados na lista oficial do Ibama como ameaçados de extinção. Nesse caso, a sua comercialização somente seria possível se houvesse estoques consideráveis em cativeiro, que pudessem auto-sustentar o plantel a partir de várias gerações, ou seja, fossem animais F2 (filhos de animais já comprovadamente nascidos em cativeiro). Nunca se autorizaria a retirada de matrizes e reprodutores para formar plantel, ou seja, seriam usados os já existentes e de conhecimento do Ibama. Para o exterior, se, além de integrar a lista de fauna ameaçada do Brasil, forem animais do Anexo I da Cites (lista mundial de fauna ameaçada), somente poderiam ser vendidos se o criadouro fosse registrado no Ibama (no caso do Brasil) e, concomitantemente, no Secretariado Cites, em Genebra – Suíça. Ver definição de Cites.

8 | O que é e para que serve a Cites?
É a Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies da Fauna e da Flora Silvestres em Risco de Extinção, firmado em 1973 e que congrega 173 países, do qual o Brasil é signatário desde 1975. A Cites tem por objetivo a cooperação entre os países para evitar que o comércio de animais não seja responsável pela extinção das espécies. Esse comércio é controlado pelas partes por meio da expedição de licenças e certificados que garantem que as espécies silvestres comercializadas tenham origem legal e que estejam sendo monitoradas pelos países produtores e consumidores de seus produtos.

9 | Os animais brasileiros podem ser vendidos no exterior?
Desde que cumpridas as exigências do Ibama e da Cites, se for o caso, podem ser vendidos sem problemas. A saída do país demandaria a expedição de licenças de exportação pelo Ibama.

10 | Que critérios o governo brasileiro usa para controlar o envio de animais ao exterior?
Quando para fins comerciais, devem ser provenientes de criadouros comerciais devidamente registrados no Ibama, ou na secretaria da Cites, se for o caso. Quando para fins científicos, pesquisas conservacionistas, devem ser provenientes de cativeiro que seja de conhecimento e registro no Ibama (zoológicos, criadouros científicos, conservacionistas) ou coletados na natureza, desde que amparados por licença de captura do Ibama, mediante projeto de pesquisa que justifique a captura. Toda saída deve ser justificada, documentada e acompanhada de licença expedida pelo Ibama. Em alguns casos, como animais vivos de espécies ameaçadas de extinção, o Ibama solicita ao importador estrangeiro a assinatura de um acordo de manejo, em que, entre outros itens, exige que os animais continuem pertencendo ao governo brasileiro, assim como seus descendentes. O acordo é assinado pela instituição brasileira que está exportando os animais, pela estrangeira que está importando e pelo próprio Ibama.

11 | Quando nossos animais forem encontrados no exterior, o Ibama pode trazê-los de volta?
Se comprovada a saída ilegal do Brasil e a entrada ilegal no país, é possível. A repatriação porém é um processo demorado e depende, quase que exclusivamente, da boa vontade dos governos signatários da Cites e das embaixadas brasileiras nesses países.

12 | Se eu encontrar um animal sendo vendido no exterior, como faço para saber se ele não é produto de tráfico? Afinal, se for, eu gostaria de denunciar para as autoridades.
Verificar, com quem está vendendo, expondo ou transportando, os documentos legais de compra e venda ou que autorizam o transporte e a importação do animal. Em caso de dúvida, consultar a autoridade administrativa Cites do país.

Respostas fornecidas por:
Francisco de Assis Neo, Biólogo / Ibama
Retirado do site Renctas