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29/03/2007 - 10h46
da Folha Online
Uma boa arquitetura e a economia de energia em prédios poderiam fazer mais pelo combate ao aquecimento global do que todas as restrições de emissão de gases de efeito estufa definidas no Protocolo de Kyoto, afirma um estudo do programa de Meio Ambiente das Nações Unidas (Unep, na sigla em inglês) divulgado nesta quinta-feira.
O relatório pede uma ação global para promover construções "mais verdes".
O uso mais eficiente de concreto, metais e madeira na construção e um menor consumo de energia em itens como ar-condicionado e iluminação em casas e escritórios poderiam economizar bilhões de dólares em um setor responsável por de 30% a 40% do consumo mundial de energia.
"Prédios podem ter um papel fundamental no combate à mudança climática", afirma o relatório divulgado em Oslo, Noruega, durante uma conferência sobre maneiras de promover crescimento econômico sem prejudicar o ambiente.
Medidas simples incluem mais cortinas e persianas para evitar a entrada de luz solar em climas quentes, o uso de lâmpadas mais eficientes e melhor ventilação. "Evite erguer uma casa maior do que o que você precisa" é uma das dicas.
"Segundo algumas estimativas conservadoras, o setor de construção em todo o mundo poderia promover a redução da emissão de 1,8 bilhão de toneladas de dióxido de carbono", disse Achim Steiner, chefe da Unep.
"Uma política mais agressiva poderia promover a redução de mais de 2 bilhões de toneladas, ou quase três vezes a quantidade programada para ser reduzida sob o Protocolo de Kyoto", afirmou.
O Protocolo de Kyoto determina que 35 nações industrializadas diminuam a emissão de gases de efeito estufa em 5% em relação aos níveis de 1990 até 2008-12.
Mas o Protocolo tem poucos incentivos para construções mais eficientes na economia de energia.
A Unep também diz que países com rápida taxa de crescimento devem se concentrar em erguer prédios mais eficientes. A China é a principal construtora mundial --acrescenta quase 2 bilhões de metros quadrados de área construída por ano.
"Custos de construção sobem de 3% a 5% com a introdução de soluções eficientes de energia", informa o relatório.
A Unep também aponta para outros fatores que devem ser levados em conta, inclusive o gênero. Alguns estudos indicam que as mulheres preferem quartos mais quentes do que o homem, mesmo que usem roupas de tecido parecido.
Com Reuters
sexta-feira, 30 de março de 2007
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