Retirado do site Pai Legal
Autor: Marcos Ribeiro
Quando se fala em sexualidade, dificilmente as pessoas dão vazão a sentimentos de prazer e liberdade. O sexo é, ainda, a força que mais aprisiona os seres humanos. A naturalidade, que deveria ser o caminho da sexualidade, está vinculada com muita freqüência a expressões de censura (do tipo “isso não fica bem”, “o que os outros vão pensar?”) ou, mesmo, a associações que levam o sexo para o campo do erro, pecado e “sem-vergonhice”.
Essas questões são ainda mais verdades quando se referem à relação dos pais e filhos. Por fatores da própria época, onde muitos pais não tiveram a informação correta sobre o assunto para que pudessem encará-lo de maneira satisfatória. Então, como exigir de uma hora para outra que as coisas fiquem às claras? Difícil, não? E mais difícil será quando essa vivência estiver no contato direto e diário, dentro de casa. Nesse sentido, algumas questões causam dúvidas e apreensões aos pais: deve-se ou não tomar banho junto com o filho? E andar nu? Exatamente como nosso leitor perguntou...
Andar nu ou tomar banho com os filhos não é nada de mais, quando os pais se sentem à vontade e agem com naturalidade. Comportando-se de tal forma, eles desenvolvem na criança a noção de beleza e do prazer da sexualidade, sem alusão ao pecado ou vergonha. Mas se, ao contrário, ficam constrangidos devem evitar essa situação. Cada um tem um limite interno, que devem ser respeitado. Caso contrário, querendo forçar a barra, cria-se um clima artificial, como robôs sem roupa. E os pequenos percebem tudo claramente.
A criança não tem malícia e sim uma insaciável curiosidade. O adulto também sente essa mesma curiosidade, mas disfarçada, sem graça, quando se vê diante de outro adulto nu. A curiosidade da criança despertas as primeira perguntas, e as diferenças sexuais surgem espontaneamente. Por isso, aos pais devem se preparar para que, com a mesma naturalidade, possam se sair bem de situações embaraçosas.
Um exemplo: se a filha está tomando banho com pai, é bem provável que ao perceber a diferença ela leve a mão até o pênis. Nesse caso vale ressaltar que é importante que o pai ou mãe possam falar para a filha, sem maiores problemas, diante de sua curiosidade em tocá-lo, que ali é o corpo dele e que o pênis do papai é para ser tocado por ele e pela mamãe. Assim como o corpo dela é para ela mexer. O limite é importante, mas não porque seja feio, sujo ou algo parecido. Essa atitude pode ser a mesma caso aconteçam situações parecidas também com a mãe. Conversando, esclarecendo e assumindo uma postura saudável, podemos obter respostas bem mais satisfatórias.
sexta-feira, 9 de fevereiro de 2007
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2 comentários:
Achei interessante esta passagem:
"...diante de sua curiosidade em tocá-lo, que ali é o corpo dele e que o pênis do papai é para ser tocado por ele e pela mamãe."
Dizer a uma criança inocente que pode tocar na mão, braço, cara, pé, mas não no pénis do pai não é igualmente criar a tabuleta do proibido em torno dos órgãos sexuais? No fundo o que se faz ao cobri-los com roupa.
Ou simplesmente é preservar a intimidade e parte da sexualidade dos adultos?
Parabens pela colocação, devemos considerar o pênis como uma parte igual a qulaquer outra do corpo, é natural que a criança venha a toca-lo, apenas por curiosaidade, depois com certeza ele passara despercebido, a criança nem notara mais.
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