1. As roupas limitam ou anulam muitas das finalidades naturais da pele como, por exemplo, repelir a umidade, secar rapidamente, respirar, proteger sem impedir o desempenho e, sobretudo, perceber o próprio ambiente.
C.W. Salleby escreve: "Esse admirável órgão - a roupa natural do corpo -, que cresce continuamente do começo ao fim da vida e tem, ao menos, quatro conjuntos absolutamente distintos de nervos sensórios, é essencial para regular a temperatura, é à prova d'água de fora para dentro, mas permite que a transpiração evacuada escape livremente e, quando intato, é à prova de micróbio e pode prontamente absorver a luz do sol - esse belíssimo, versátil e maravilhoso órgão é, na sua maior parte, sufocado, empalidecido e enceguecido em roupas e só gradualmente pode ser restaurado para o ar e para a luz que são o seu ambiente natural. Então, e somente então, nós aprendemos do que ele é capaz."
2. A exposição ao sol sem exageros, favorece a saúde geral.
Pesquisas sugerem que o banho de sol provoca a síntese da Vitamina D com o corpo, a qual é vital (entre outras coisas) para a absorção do cálcio e para um sistema imunológico forte. A exposição ao sol é essencial para o crescimento de ossos fortes em crianças pequenas.
3. Pesquisa recente sugere uma relação inversa entre exposição ao sol e osteoporose, câncer do cólon, câncer do seio e, até mesmo, a pior forma de câncer da pele, ou seja, melanoma maligno.
4. A vergonha do corpo em excesso muitas vezes está relacionado à relutância em partilhar formas saudáveis de toque com outros.
Pesquisas têm ligado, mais e mais, a privação do toque - especialmente na infância e na adolescência - à depressão, violência, inibição sexual e outras condutas anti-sociais. Pesquisas também mostraram que pessoas fisicamente frias com adolescentes apresentam resultados hostis, agressivos e, muitas vezes, violentos. Por outro lado, crianças criadas em famílias cujos membros se tocam são mais saudáveis, mais aptas a resistir à dor e à infecção, mais sociáveis e, geralmente, mais felizes do que as provenientes de famílias que não partilham o toque.
5. Roupas apertadas podem causar problemas de saúde restringindo a circulação natural do sangue e do fluido linfático.
Pesquisa recente, realizada por Sydney Ross Singer e Soma Grisniaijer, demonstrou que mulheres que usam sutiã 12 horas por dia, mas não no leito, são 21 vezes mais propensas a contrair câncer no seio do que aquelas que usam menos de 12 horas por dia. E as mulheres que usam sutiã mesmo no leito são 125 vezes mais propensas do que aquelas que não o usam. Analogamente, câncer nos testículos tem sido relacionado a cuecas apertadas. Roupas justas impedem o sistema linfático, o qual remove do corpo toxinas causadoras de câncer.
6. As roupas podem abrigar tanto bactérias que causam moléstias quanto germes (especialmente roupas íntimas e trajes de atletas).
7. Pesquisas médicas relacionam a roupa a uma susceptibilidade maior a picadas e ferroadas de animais tais como carrapatos e piolhos, que se escondem ou caem na armadilha das roupas.
8. As modas do vestuário, através da história, têm sido prejudiciais à saúde física e psicológica sobretudo das mulheres.
O uso de espartilhos, por exemplo, provocou numerosas doenças nas mulheres no fim do século XIX. Homens e mulheres sofreram em muitas épocas da história, sob camadas de trajes quentes e opressivos em nome da moda. Os calçados notabilizaram-se de um modo especial, na resistência à razão e ao conforto em nome da moda.
9. A idéia de que roupas são necessárias para o suporte dos órgãos genitais ou dos seios é muitas vezes injustificada.
10. A roupa esconde a beleza natural do corpo humano, tal como foi criado por Deus.
Nas palavras de Michelangelo: "Que espírito é tão vazio e tão cego que não pode captar o fato de que o pé do homem é mais nobre do que o sapato e a pele mais bela do que o traje que a cobre?"
11. A roupa faz as pessoas parecerem mais velhas e, ao invés de ocultar, salienta características não lisonjeiras do corpo.
Paul Fussell escreve: "Nus, os idosos parecem mais jovens, especialmente quando estão bronzeados, e os mais jovens parecem ainda mais jovens. Ademais, os gordos parecem muito menos ofensivos nus do que vestidos. As roupas têm o efeito de invólucros de linguiça, definindo rigorosamente e anunciando a forma do que contêm, forçando tudo para uma configuração inatural, que não pode enganar ninguém... O novel naturista logo toma conhecimento de alguns paradoxos: são as meias que tornam as varizes visíveis, os cintos que chamam a atenção para cinturas de 121 cm, os porta-seios que acentuam seios caídos."
12. A roupa abriga e facilita o crescimento de bactérias que causam mau-cheiro.
13. O naturismo é uma filosofia socialmente construtiva.
De acordo com a definição da Federação Internacional: "O naturismo é uma maneira de viver em harmonia com a natureza, caracterizada pela prática da nudez pública, que tem por objetivo favorecer o respeito de si mesmo, o respeito pelos outros e pelo meio ambiente."
14. O naturismo, por convicão filosófica, é tolerante com os outros e com suas diferenças. E espera, em troca, o mesmo dos outros. O naturismo rejeita a nudez desregrada e provocante, mas não por ser nudez e sim por ser um insulto anti-social e uma conduta desordenada.
15. A nudez favorece a igualdade social, sentimentos de harmonia com os outros e uma interação social menos formal. A indumentária encerra-nos numa irrealidade coletiva que prescreve respostas complexas ao status social, funções e comportamentos esperados. Quando a barreira artificial da roupa é abolida, a classe social e o status desaparecem. As pessoas começam a relacionar-se umas com as outras como são e não como parecem ser.
16. Os naturistas tendem a aceitar os outros exatamente como eles são. Essa é uma atitude que, sem dúvida, está relacionada ao fato de que os naturistas em geral aceitam melhor o próprio corpo exatamente como ele é.
17. Social e demograficamente, os naturistas são quase iguais ao resto da população, excetuando o fato de que eles são tolerantes com a nudez.
18. O naturismo rejeita a submissão cega às tradições culturais e às suposições acerca do corpo que vêem a roupa como uma necessidade constante em prol de uma abordagem mais racional e persuasiva, que reconhece a necessidade da roupa como dependente do contexto.
19. A nudez social é parte de uma longa tradição histórica. A moderna civilização ocidental permanece quase isolada em toda a história conhecida da humanidade, no seu código repressivo contra a nudez.
20. A nudez era comum na antiga civilização grega, especialmente para os homens.
21. As abluções cerimoniais do Antigo Testamento, incluindo o batismo, eram efetuadas em estado de nudez. Provavelmente Cristo também foi batizado nu - como é representado em várias obras de arte dos primeiros tempos.
22. Os cidadãos romanos, sem excluir os primeiros cristãos, banhavam-se comunalmente nus em banhos públicos na maior parte do século II e até o fim do século IV. A nudez também era comum durante esse período, em outras partes da antiga sociedade romana.
O historiador cristão Roy Bowen Ward observa que "a moralidade cristã originalmente não impedia a nudez... Há uma tendência em ler a história diretamente para trás e assumir que os primeiros cristãos pensavam da mesma maneira que as autoridades cristãs de hoje. Nós atribuímos o presente ao passado."
23. Nos primeiros séculos do cristianismo era costume batizar homens, mulheres e crianças em grupo e nus. Esse ritual desempenhou um papel significativo na Igreja Primitiva. Os relatos são numerosos e detalhados.
24. A nudez era comum e aceita na sociedade pré-medieval (no século VI, aproximadamente), sobretudo em lugares como a Grã-Bretanha, que tinha sido terra de "bárbaros" há apenas algumas centenas de anos antes.
25. A nudez era razoavelmente comum na sociedade medieval e renascentista, especialmente em banhos públicos e no ambiente familiar.
26. Até mesmo na era vitoriana, antes da invenção dos trajes de banho, era comum nadar nu no oceano. Os teatros de variedades muitas vezes exibiam modelos nus como "esculturas vivas".
27. Poucas pessoas sabem que trajes de banho, como os conhecemos hoje, são algo relativamente recentes. A idéia de usar roupa especial para nadar data de apenas um século.
28. Nadar nu em um rio local ou em um açude de sítio é uma parte muito bem documentada e importante da herança histórica americana. Aparece, por exemplo, nos escritos de Walt Whitman, Mark Twain, Herman Melville e Henry Miller entre outros.
29. Muitas pessoas respeitáveis, no passado e na época contemporânea, aderiram ou participaram em certo grau, do naturismo. Exemplos: Benjamin Franklin, Henry David Thoreau, Alexander Graham Bell, George Bernard Shaw, Walt Whitman, Eugene O'Neill e o pintor Thomas Eakins argumentaram em favor da nudez social.
30. Um dos mais importantes argumentos em prol do naturismo é a experiência pessoal. Testemunhos pessoais em favor do naturismo são muito numerosos.
Com base em minha própria experiência, constato que os naturistas são mais amistosos, de mente aberta, circunspectos, respeitosos e prontos a compartilhar do que os não-naturistas em geral. Seus filhos são mais ativos e saudáveis, tanto física quanto mentalmente. Nenhum desses testemunhos, por certo, equivale à experiência pessoal. Uma única visita a um parque ou praia naturista não prejudicará ninguém. Além disso, poderá mudar sua vida. Experimente a liberdade para si mesmo.
segunda-feira, 18 de julho de 2011
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